Serviço da Guarda Municipal fará monitoramento específico das vítimas para evitar casos de reincidência de ataque dos agressores. Este ano já são mais de 1,3 mil casos na cidade.

no G1

A cidade de Botucatu (SP) lançou nesta sexta-feira (8) um serviço para tentar combater os casos de violência doméstica contra as mulheres, em especial os de reincidência. A “Patrulha Maria da Penha” será feita pela Guarda Municipal como forma de evitar que as vítimas sofram novas agressões.

A ideia do serviço é fazer com que agentes façam um monitoramento de mulheres que já conseguiram medidas protetivas, muitas vezes violadas pelos companheiros agressores.

Só este ano, a Guarda Municipal de Botucatu atendeu a 1.329 ocorrências de brigas envolvendo mulheres – uma média de quatro chamados por dia. Foram presos 33 homens acusados de agredir ou violentar mulheres. Em 2016, foram 1.364 casos de violência atendidos.

Segundo o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), órgão do Governo Federal, no Brasil 13 mulheres são mortas todos os dias. Além disso, de três a cinco mulheres jovens já sofreram agressão no relacionamento.

O que motivou a criação do serviço foi a constatação de que, em Botucatu, muitos dos casos de agressão são reincidentes. A partir de agora, a Guarda Municipal vai ter uma lista de endereços dessas vítimas com medida protetivas e periodicamente fará uma ronda para acompanhá-las.

“A gente vai fazer um agendamento com a vítima para uma entrevista inicial na qual vamos colher dados sobre a violência que ela sofreu, ver se o companheiro está perseguindo ela em casa ou no trabalho e, com isso, elaborar um planejamento das rondas”, explica a guarda civil Cíntia Ribeiro.

A prefeitura garantiu que o serviço prestado atualmente pela Guarda Municipal não será prejudicado com a implantação da “Patrulha Maria da Penha” porque o efetivo foi reforçado para atender os casos de violência contra as mulheres.

A guarda civil Cíntia Ribeiro explica que entrevistas com vítimas vão investigar se companheiro ainda a persegue (Foto: Reprodução/TV TEM)

A guarda civil Cíntia Ribeiro explica que entrevistas com vítimas vão investigar se companheiro ainda a persegue (Foto: Reprodução/TV TEM)